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Como agir em casos de assédio: especialista orienta vítimas sobre os primeiros passos


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O assédio, especialmente no ambiente de trabalho, é uma realidade enfrentada por muitas pessoas, mas ainda cercada de silêncio, medo e desinformação.


Para enfrentar esse problema com responsabilidade e segurança, a advogada, empreendedora e professora universitária Luana Brusasco, referência em temas como prevenção e enfrentamento da violência, assédio e discriminação, compartilha orientações fundamentais para vítimas que desejam denunciar e se proteger.


Durante palestra realizada nesta quarta-feira, 23 de julho, na reunião anual de dirigentes do SEEB Sorocaba, Luana destacou que o primeiro passo para quem sofre qualquer tipo de assédio é registrar com detalhes todos os episódios. "Anotar dia, hora, local, nome do assediador ou assediadora, testemunhas e o conteúdo das conversas é essencial. Esse registro pode ser determinante para futuras medidas legais e administrativas", explica a especialista.


Além do relato escrito, a coleta de provas é um fator determinante. E-mails, bilhetes, presentes e até prints de conversas em aplicativos de mensagens devem ser armazenados com cuidado. Segundo Luana, essas evidências podem fortalecer a denúncia e garantir que a verdade venha à tona.


Romper o silêncio e buscar apoio

Um dos pontos mais importantes da abordagem da advogada é o incentivo à vítima para que rompa o silêncio. "Conversar com colegas de confiança e procurar aqueles que já testemunharam atitudes inadequadas do assediador pode ser um passo decisivo para encontrar apoio e coragem", orienta.


Luana também alerta para a necessidade de evitar encontros a sós com o assediador, sempre buscando manter contato apenas na presença de testemunhas. Caso seja possível, a vítima deve comunicar o ocorrido a um superior ou ao setor responsável da empresa, formalizando a queixa por meio dos canais institucionais.


Quando e onde denunciar

Nos casos de assédio sexual, a recomendação é clara: registrar um boletim de ocorrência. "Se a vítima for mulher, ela deve procurar a Delegacia da Mulher. Se não houver uma na cidade, a denúncia pode e deve ser feita na delegacia comum", explica Luana. Para vítimas do sexo masculino, o registro também deve ser feito na delegacia tradicional.


Rede de apoio

Por fim, a advogada reforça a importância de buscar apoio emocional com familiares, amigos e colegas. "A vítima precisa entender que não está sozinha. Contar com uma rede de apoio é fundamental para recuperar a autoestima e a força para enfrentar o processo", conclui.


Falar é o primeiro passo

A mensagem deixada por Luana Brusasco é clara: o enfrentamento do assédio passa pelo conhecimento, pela coragem de romper o silêncio e pelo apoio coletivo. Em um cenário onde a violência e o assédio ainda fazem parte da realidade de muitas pessoas, informar-se e agir é fundamental para mudar essa cultura e garantir ambientes mais justos e seguros para todos.

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