A representação dos empregados da Caixa Econômica Federal, formada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, volta a se reunir nesta quarta-feira (22), em Brasília, com representantes do banco para dar continuidade às negociações do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados.
As negociações vêm se intensificando desde o dia 29 junho e, neste mês foram três rodadas com a participação da coordenação do Comando Nacional dos Bancários.
De acordo com as apurações apresentadas pelo banco, o plano de saúde acumula déficit de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões.
Desde 2004, o acordo coletivo do Saúde Caixa mantém cláusula que estabelece que, em caso de saldo deficitário, ao final de cada ano, o banco e os titulares serão chamados a arcar com o saldo negativo. Como o estatuto da Caixa, alterado em 2017, estabelece que o banco não pode gastar mais de 6,5% da folha de pagamento com o plano de saúde, e este limite já foi atingido, o ônus total dos déficits recairiam sobre os trabalhadores. No encontro do dia 16 de novembro, a Caixa trouxe como proposta a manutenção de 3,5% da contribuição do titular, com valor fixo de R$ 450 por dependente, mas mantendo o teto de 10% da remuneração. Caso essa proposta seja implementada, os dependentes passariam a arcar com 48% das despesas e os titulares com 52%. O movimento sindical reforça a importância da mobilização da categoria até que seja renovado o acordo coletivo sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano.
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