Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (3), os trabalhadores da Bridgestone, em Santo André, aceitaram a proposta da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil oferecida pela empresa. Os funcionários estavam em estado de greve desde segunda-feira pedindo negociação do valor. Na ocasião, também foi aprovado mais 30 dias de suspensão dos contratos de trabalho, totalizando quatro meses.
Segundo Márcio Ferreira, presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, a PLR, referente a 2019, será paga em duas parcelas - a primeira, de R$ 9.000 na próxima semana e, em dezembro, R$ 1.000. Além disso, a companhia também irá pagar os dias em que os operários ficaram parados.
Em relação à campanha salarial, cuja reivindicação é de reajuste de 5% e vale-alimentação de R$ 200 (atualmente em R$ 120), o acordo será feito quando a suspensão do contrato de trabalho finalizar, ou seja, após agosto, uma vez que a Bridgestone aderiu à MP (Medida Provisória) 936, que autoriza a modalidade, desde maio. Entretanto, a data-base, em 1º de junho foi mantida, ou seja, o reajuste será retroativo.
"Juntou a situação do mercado (de pneus, cujas vendas caíram até 50% na pandemia) e a sanitária por causa do aumento de casos e aprovaram mais um mês de suspensão", afirmou Ferreira. O sindicalista destacou que dos 3.200 funcionários, 90% (cerca de 2.280) foram atingidos pela medida. "Apenas quem trabalha na produção de pneus para SUVs vai continuar trabalhando", explicou.
A equipe do Diário questionou a Bridgestone e aguarda retorno.
Diário do Grande ABC
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