O sindicato e a tecnologia: como enfrentar as transformações digitais e a automação no setor bancário

O setor bancário está entre os que mais avançaram na adoção de novas tecnologias. Internet banking, aplicativos, inteligência artificial e atendimento por chatbots transformaram completamente a relação entre bancos, clientes e trabalhadores. Ao mesmo tempo em que essas inovações oferecem comodidade e reduzem custos para as instituições financeiras, também trazem desafios enormes para quem trabalha no setor.

A automação de processos tem levado ao fechamento de agências, redução de postos de trabalho e à sobrecarga de quem permanece, com metas cada vez mais agressivas. Muitos bancários se veem obrigados a desempenhar funções que antes eram realizadas por equipes inteiras, enquanto o contato humano com os clientes se torna cada vez mais escasso.

É papel do sindicato acompanhar de perto essas transformações e garantir que a tecnologia não seja utilizada apenas para ampliar o lucro dos bancos, mas também para valorizar e proteger os trabalhadores. Isso significa lutar contra demissões em massa, negociar condições dignas de trabalho em novos formatos — como o home office e o trabalho híbrido — e cobrar investimentos em treinamento e qualificação.

Defendemos que nenhum avanço tecnológico pode justificar a precarização. Ao contrário, os ganhos obtidos com a digitalização precisam ser compartilhados, seja na forma de melhores salários, de jornadas mais equilibradas ou de ambientes de trabalho mais saudáveis.

O movimento sindical tem a responsabilidade de ser voz ativa nesse debate, apontando os riscos da substituição indiscriminada de pessoas por máquinas e lembrando que a atividade bancária envolve, acima de tudo, relações humanas de confiança.

O Sindicato dos Bancários de Sorocaba reafirma seu compromisso em defender os direitos da categoria diante das mudanças tecnológicas e em lutar por um setor financeiro que respeite quem realmente constrói seus resultados: os trabalhadores.