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Cúpula do Itaú escolhe Maluhy; sinaliza fechar agências físicas e investir no banco digital


O novo executivo a comandar o Itaú/Unibanco a partir de fevereiro de 2021 é Milton Maluhy Filho, 44 anos. Uma das apostas da instituição para mudança radical que pretende promover. Entre elas, por exemplo, o fechamento de agências físicas para atuar com mais intensidade no digital.

O jovem executivo ingressou no Itaú aos 26 anos e, desde então, trabalhou nas áreas de varejo, de banco de investimento, de cartões, de maquininhas de pagamento e comandou o CorpBanca, no Chile. Aos 35 anos, o executivo já era sócio do banco.

Ele assume o comando do Itaú Unibanco em um momento desafiador: por um lado, há a pressão para cortar custos frente à concorrência cada vez mais acirrada de bancos digitais e corretoras; de outro, o banco precisa investir para se digitalizar ainda mais, para seguir conectado aos novos tempos.

Com a escolha do jovem é para analistas a opção da direção por ele tem um recado muito claro: o Itaú precisa melhorar a relação com clientes, ganhar terreno na oferta de serviços e produtos no meio digital e ser mais rentável.

O estatuto do banco determina que o presidente deve ser trocado quando atinge 62 anos de idade. Se Maluhy seguir no cargo até essa idade, os demais executivos já estarão fora da disputa. Ou seja, os próximos líderes do banco sairão das fileiras mais jovens da instituição.

Para muitos analistas com a nomeação dele, o banco envia uma forte mensagem aos acionistas de que o banco quer mudanças ousadas. Tudo, desde a centralização no cliente, passando por “corte de custos”, busca por eficiência e agilidade, chegando à digitalização.

Para competir com bancos no passado recente, uma nova empresa tinha que gastar muito em rede de agências, segurança e tecnologia. Nos últimos anos, essa barreira de entrada está sendo derrubada, pois uma fintech já consegue oferecer crédito ou produtos de investimentos a novos clientes graças à Internet.

Um banco do porte do Itaú Unibanco consegue elevar receita vendendo mais produtos para um mesmo cliente que entrou lá por um único motivo – como receber via conta-salário ou financiar a casa própria -mas acaba adquirindo outros serviços e produtos que já estavam lá na prateleira do gerente.

Com a maior concorrência de bancos digitais e fintechs, essa estratégia tradicional dos grandes bancos tende a perder força, dizem analistas de mercado. E por isso, o Itaú Unibanco, como líder de mercado, terá que mudar a forma de desenvolver e vender produtos e serviços.

Fonte: UOL e Terra

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