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Itaú demite mil funcionários em meio a lucros bilionários e críticas ao home office


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O Itaú realizou, nesta segunda-feira (8), a demissão de aproximadamente mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou integralmente remoto, nos Centros Tecnológicos (CT), CEIC e Faria Lima, em São Paulo. A justificativa apresentada pelo banco foi a identificação de "baixa aderência ao home office", com base em registros de inatividade nas máquinas corporativas, em alguns casos, períodos de quatro horas ou mais de suposta ociosidade.


No entanto, a forma como as demissões foram conduzidas tem gerado críticas. Os trabalhadores foram dispensados sem qualquer advertência prévia ou diálogo com o movimento sindical, em um claro desrespeito às relações de trabalho. Além disso, o critério utilizado para avaliar a produtividade remota tem sido considerado questionável, pois não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga ou mesmo a organização do trabalho pelas equipes.


O banco alega que os desligamentos se basearam na detecção de incompatibilidade entre o registro de ponto eletrônico e a atividade real monitorada durante o home office. Em nota, o Itaú afirmou que "em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco".


Apesar de registrar lucros bilionários, o Itaú segue promovendo demissões e fechamento de agências. No primeiro semestre de 2025, o banco obteve um lucro líquido gerencial de R$ 22,6 bilhões, resultado 14,1% superior ao registrado no mesmo período de 2024.

Esse montante representa um crescimento de 14,3% em relação ao segundo trimestre de 2024..


Diante desse cenário, o movimento sindical bancário tem cobrado responsabilidade social, transparência e compromisso com os trabalhadores. Há uma exigência para que o Itaú se manifeste com uma justificativa plausível e responsável para essas demissões e que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. Além disso, é solicitado que as cerca de mil vagas sejam repostas, pois os trabalhadores já estão sobrecarregados.


O home office não pode ser uma desculpa para aprofundar o controle excessivo, a vigilância abusiva e o desrespeito às relações de trabalho. Exige-se mais respeito, mais diálogo e mais humanidade por parte das instituições financeiras.

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