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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Cultura rentista do brasileiro vai acabar, diz banco


Luiz Sorge, presidente-executivo da BNP Asset diz que olhar sobre investimento ficará mais sofisticado

O ano termina com a percepção de que o juro baixo veio para ficar e o hábito rentista do brasileiro terá de se adaptar, na avaliação de Luiz Sorge, presidente-executivo da BNP Paribas Asset Management Brasil. “Nós, brasileiros, depois de décadas de cultura rentista, com inflação e juros altos, passaremos a ter duas alternativas de ganhar dinheiro de forma lícita: será necessário trabalhar ou investir em ativos, reais ou financeiros, que exigirão análise e decisão sofisticadas”, diz Sorge.

Horizonte A tendência de juros baixos no Brasil pode durar vários anos, se o atual movimento global de juros próximos de zero se somar a uma estabilidade macroeconômica local, calcula Sorge.

Equilíbrio “Em termos de retorno de investimentos, o desafio não está só no juro nominal baixo, previsto para algo ao redor de 4,5% para 2020. Também temos que pensar que isso nos leva a uma taxa real, taxa nominal descontada a inflação, próxima de 1% ou menor”, afirma ele.

Oportunidade O executivo diz que não vislumbra uma ameaça no novo cenário para os investidores. Ao contrário, ele vê espaço para evolução e amadurecimento.

Maturação Na perspectiva de Sorge, nascerá um olhar aprofundado sobre investimentos no Brasil, preocupado em monitorar de perto a economia global e as dinâmicas macro e microeconômica local. Disciplina fiscal, reformas e melhoria do ambiente de negócios estão no radar.

"Fará parte do olhar mais sofisticado sobre investimentos um constante monitoramento da geopolítica, das tensões comerciais, e, principalmente, da disciplina fiscal" Luiz Sorge presidente da BNP Paribas Asset Management Brasil

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