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Seguro-desemprego: país tem 960 mil pedidos em maio; total durante pandemia vai a 1,9 milhão

Números foram divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Economia. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, quase 2 milhões de pessoas pediram o seguro-desemprego.


A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia informou nesta terça-feira (9) que foram registrados 960,2 mil pedidos de seguro desemprego em maio. Esse número é 53% maior que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando houve 627,7 mil pedidos.

Com isso, subiu para 1,94 mihão o total de pedidos de seguro-desemprego desde a segunda quinzena de março, quando a economia brasileira começou a sentir os efeitos da pandemia do novo coronavírus. De acordo com dados oficiais, esse número representa um crescimento de 26% na comparação com o mesmo período do ano passado (1,54 milhão de pedidos).

De acordo com o ministério, os três estados com maior número de requerimentos de seguro-desemprego, no mês de maio, foram São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584).

A pandemia do coronavírus foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março. Os estados brasileiros começaram a anunciar medidas de distanciamento social, progressivamente, a partir de meados de março, quando o Distrito Federal anunciou a suspensão das aulas.

Essas medidas de isolamento também afetaram a economia na medida em que estados passaram a permitir apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais, como supermercados e farmácias. Boa parte do comércio e dos serviços parou nas semanas seguintes à decretação da pandemia, e também houve queda forte na produção industrial.

A mais recente estimativa divulgada pelo Banco Mundial aponta que a pandemia do coronavírus deve empurrar a economia global para a maior recessão desde a 2ª Guerra Mundial, com retração de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Essa contração deve ser ainda mais severa no Brasil, segundo o Banco Mundial: a economia do país deve registrar contração de 8% este ano. A previsão é mais pessimista que a do mercado financeiro, que espera queda de 6,48%.

Nos cinco primeiros meses deste ano, informou o Ministério da Economia, foram contabilizados 3.297.396 pedidos de seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal. O número representa um aumento de 12,4% em comparação com o mesmo período de 2019 (2.933.894).

Como são feitos os pedidos De acordo com o governo, os trabalhadores que perderem seus empregos sem justa causa durante a pandemia do coronavírus poderão pedir o seguro-desemprego por meios eletrônicos.

Isso pode ser feito de duas maneiras:

– usando o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que pode ser baixado em aparelhos que usam os sistemas operacionais Android e iOS.

Nos dois casos, o trabalhador pode dar entrada no pedido do seguro. Isso deve ser feito de 7 a 120 dias após a demissão.

O Ministério da Economia informou, também, que “diversas unidades” do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de administração estadual e municipal, reabriram e as solicitações estão em patamar de regularidade por conta da publicação do Decreto 10.329, de 28 de abril de 2020, que definiu como essenciais as atividades de processamento do benefício do seguro-desemprego e de outros benefícios relacionados.

Quando aprovado, o saque do seguro-desemprego será pago pela Caixa Econômica Federal. O banco já informou que está trabalhando com operação reduzida, mas esse tipo de atendimento está garantido para quem não tiver cartão cidadão ou conta na instituição.

Quem precisar tirar dúvidas, ainda pode usar o telefone 158 (Alô Trabalho). A ligação é gratuita de telefone fixo de todo o país.

Aumento de demissões Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no fim do mês passado mostram que a economia brasileira fechou 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada entre os meses de março e abril.

De acordo com o Caged, em março, quando os efeitos da crise do coronavírus começaram a ser sentidos, foram fechadas 240.702 vagas formais no país.

Já no mês de abril, a eliminação de vagas de trabalho formais se acelerou: foram 860.503 postos fechados, o pior resultado da série histórica, que tem início em 1992. Com isso, foi a maior demissão registrada em um único mês em 29 anos.

Fonte: G1

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