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Pesquisa mostra mundo dos negócios em (acelerada) transformação

Levantamento exclusivo da Bússola e Exame com mil empresários mostra que 70% mudaram relações com seus times e 61% alteraram a gestão das empresas


A pandemia que colocou nosso mundo de cabeça para baixo também gerou mudanças profundas no universo dos negócios. Por necessidade ou até mesmo por oportunidade, os executivos brasileiros promoveram alterações significativas no modo como suas empresas atuam. E, para a maioria desses empresários, as mudanças adotadas durante o período de isolamento social provocado pela covid-19 vieram para ficar.

Esse é um dos principais diagnósticos que emergem da Pesquisa Os impactos da pandemia e o quadro atual das empresas brasileiras, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa e publicada com exclusividade pela revista Exame e pela plataforma Bússola (foram entrevistados 1.000 executivos, em amostra representativa das empresas brasileiras). Seja para enfrentar ou mesmo sobreviver à crise econômica, seja para ganhar mercados, o diagnóstico mostra que as empresas mudaram sua forma de pensar e agir, em grande medida, de maneira definitiva.

A ampla maioria das empresas brasileiras, de todos os setores (indústria, comércio, serviços e agro), promoveu mudanças significativas na cultura de gestão de pessoas. E uma das mudanças mais comuns foi na forma de relação das companhias com seus colaboradores: 7 em cada 10 executivos afirmam que sua empresa mudou a forma de se relacionar com o próprio time. E, para 94% dessas, as mudanças serão definitivas. Mais home office, mais flexibilidade de horários e jornadas, cobrança por entrega e não por horas cumpridas são algumas das rotinas alteradas.

Engajamento em alta

Essas novidades na cultura de gestão de pessoas já estão inclusive se traduzindo em mais engajamento. Para 50% dos executivos entrevistados, hoje os funcionários já estão mais engajados com a própria empresa do que estavam antes da pandemia. Esse percentual é muito maior nas empresas de grande porte (69%) e nos CPNJs vinculados à indústria (58%) e ao agro (59%).

Claro que parte desse engajamento pode vir do medo dos colaboradores em perderem o emprego, mas, mesmo sabendo disso, boa parte dos executivos se mostra otimista quanto a esse comprometimento maior dos seus funcionários. E vários estudos mostram que funcionários mais engajados têm maior e melhor produtividade, além de permanecerem por mais tempo em seus empregos.

Mais agilidade na gestão

A pandemia também levou 61% das empresas em atividade no país a mudar de maneira relevante a forma de gestão dos negócios. E essas mudanças não vieram só da necessidade provocada pela pandemia. Por setor, o que mais mudou a forma de gestão foi o agronegócio, justamente o segmento menos afetado pela pandemia do ponto de vista do impacto econômico, mas que provavelmente quis se aproveitar do bom momento do comércio exterior para alavancar sua produtividade.

Mais uma vez, dentre quem fez mudanças, 93% dizem que as alterações são definitivas. Inovações de processo feitas durante a crise provavelmente mostraram resultado e se tornarão rotina.

Até mesmo a forma de se planejar para o futuro mudou radicalmente. Mais da metade das empresas (56%) adotaram ciclos mais curtos de planejamento, em substituição aos planos estratégicos geralmente anuais ou semestrais. Na prática, uma em cada duas empresas brasileiras afirmaram que os ciclos mais curtos foram adotados na pandemia e vieram para ficar.

Tanta mudança tem como objetivo reduzir os impactos dos estragos da pandemia nos negócios. Com isso, 6 em cada 10 executivos esperam conseguir ao menos empatar o resultado financeiro de 2020 com o desempenho obtido no ano passado, quando a pandemia não estava no radar de ninguém. Até mesmo entre quem perdeu faturamento na e por causa da pandemia, 40% esperam pelo menos igualar 2019.

Se as previsões dos executivos se confirmarem, cada mudança na forma de planejar e gerir seus negócios terá valido a pena já no curto prazo. Mas isso, só os balanços do fim do ano poderão dizer.


Exame.com

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