Saída do banco britânico acontece em meio a processo de reestruturação
Escolhido para substituir Rubem Novaes na presidência do Banco do Brasil, um dos principais bancos de varejo do país, André Brandão tem uma carreira de mais de 30 anos no mercado financeiro, atuando principalmente com o atacado do setor bancário. Entre 2012 e 2016, Brandão foi presidente da filial brasileira do HSBC, período no qual o banco encerrou sua operação no varejo no país. Em 2016, o HSBC Brasil foi comprado pelo Bradesco por US$ 5,2 bilhões (o equivalente a R$ 17,6 bilhões na época). Desde então, o executivo foi realocado para Nova York. Entre 2016 e 2018, ele foi responsável pelas áreas de global banking and markets do HSBC para a Europa. Em seguida, ocupou a mesma área voltada para as Américas (Canadá, EUA e América Latina), posição em que esteve até agora. O HSBC passa por um processo de reestruturação, anunciado no início do ano. Além do plano de corte de 35 mil postos, o banco também quer redirecionar seu foco para Oriente Médio e Ásia, região responsável por cerca de metade da receita do banco e maior parte dos lucros. Brandão também esteve envolvido com a agenda ambiental, chefiando o conselho de negócios do clima do HSBC. Em nota de divulgação de uma pesquisa feita sobre o tema, de 2016, o executivo brasileiro apontou a necessidade de maior transparência das empresas nessa frente para impulsionar investimentos verdes e o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Recentemente, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem sofrido pressão de investidores estrangeiros e empresários diante dos dados de aumento do desmatamento da Amazônia e outros problemas ambientais. Brandão está no HSBC desde 1999. Antes, trabalhou por 11 anos no Citibank em São Paulo e Nova York. Ele é formado em ciência da computação pela Universidade Mackenzie. Fonte: Folha.com
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