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NOSSO RECONHECIMENTO AOS NEGOCIADORES DO MOVIMENTO SINDICAL!

Participar de uma mesa de negociação com o maior e mais poderoso patrão Brasileiro, não é e nunca será fácil, porque como dizem os próprios, eles analisam o país com no mínimo dois anos de antecedência, ou seja, finalizando a campanha salarial 2020 eles já estão preparados para a campanha 2022.

Ao movimento sindical cabe se estruturar e ficar atento às mudanças promovidas principalmente pelo governo federal, não esquecendo que uma delas prejudica sensivelmente a categoria bancária, que foi a permissão de terceirização da atividade fim. Atentar também para a ultratividade, que em caso de não fechar a negociação antes do vencimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), todas as conquistas podem perder o efeito, obrigando a negociação de todas elas novamente, sem nenhuma garantia de manutenção das mesmas.

Depois, atentar também atentar para o chamado “novo”, exemplificando aqui o Home Office, que veio para ficar carregando uma serie de preocupações e trazendo de volta a categoria os perigos de acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais que trouxeram tantas e tantas dores de cabeça para o movimento sindical, com inúmeras negociações onde tínhamos patrão de um lado e a frieza (metas) nas perícias do INSS, que retornaram ao trabalho vários colegas sem nenhuma condição de labor. Poderíamos aqui elencar tantas outras situações de embate entre capital e força de trabalho (nós).

Todas estas situações exigiram horas intermináveis de negociações entre as partes, que avançaram madrugadas, finais de semana, greves, demissões injustas na tentativa de inibir os trabalhadores em participar delas, PDVs que desligam sempre os mais antigos na função bancária (verdadeira intenção na ruptura e afastamento dos trabalhadores de seu sindicato) e por fim a contratação de jovens inexperientes no mercado de trabalho, que desconhecem todos os benefícios “cavados a unha” por seu representante legal, o sindicato da categoria.

Lá na mesa de negociações da Fenaban com os bancários não podem existir nomes, mas os que lá estão são bancários como nós e que podem exemplificar quais nossas dificuldades, porque fazem parte dela e quem já foi bancário, sabe que as cobranças são violentas, amargas, impossíveis de serem cumpridas e o esforço nem sempre é recompensado.

Agora, depois de 14 rodadas de negociações chegamos ao ponto em que devemos por obrigação e respeito a eles dar a nossa contribuição nas assembleias, participando delas seja sindicalizado ou não, para deixar marcado na história mais um ano de CCT.


Julio César Machado - Presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região

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