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Encontro Nacional dos Funcionários do Mercantil debate estratégias para a Campanha Nacional

Sindicatos de todo o país se reuniram remotamente pela plataforma Zoom, nesta quinta-feira, 16 de julho, para a realização do Encontro Nacional dos Funcionários do Mercantil do Brasil.

Durante o evento, os trabalhadores analisaram os balanços financeiros do Mercantil de 2019 e do primeiro trimestre de 2020, debateram estratégias de atuação frente ao novo cenário econômico, causado pela pandemia, e também a construção da pauta especifica de reivindicações dos trabalhadores a ser encaminhada ao banco.

Análise da situação financeira do Mercantil

A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vivian Machado, explicou que o Mercantil do Brasil registrou lucro líquido de R$ 121,4 milhões em 2019, uma alta de 127,3% na comparação com o ano anterior.

Os bons resultados do banco seguem uma tendência de crescimento em 2020. Nos primeiros três meses deste ano, o banco registou lucro líquido de R$ 46,9 milhões – com crescimento de 67,3% em doze meses e de 14% em relação ao 4º trimestre do ano passado, quando o lucro foi de R$ 41,1 milhões.

O Mercantil do Brasil encerrou o 1º trimestre de 2020 com 2.870 empregados – fechando 65 postos de trabalho no período. Apesar das demissões, o banco criou quatro pontos de atendimento – totalizando 236 unidades em março de 2020. A base de clientes também cresceu, totalizando, aproximadamente, 2,4 milhões ativos.

Novas estratégias de lutas e mobilizações

Os participantes reafirmaram a disposição de traçar uma agenda de mobilizações virtuais e manifestações simbólicas. Isto porque, no atual momento, cresce a importância destas atividades como forma de organização dos bancários para a luta pela garantia dos direitos e conquistas salariais e também a favor da democracia, da saúde e da dignidade humana, muitas vezes feridas pela busca incessante e inconsequente de lucros cada vez maiores pelos banqueiros.

Para Marco Aurélio Alves, os empregos e os direitos estão sob duro ataque, numa dinâmica que pode levar a patamares de desemprego e precarização nunca vistos no setor bancário. “O movimento sindical e os trabalhadores terão que se organizar efetivamente para garantir a estabilidade dos empregos e preservar os benefícios duramente conquistados em anos de lutas e mobilização da categoria”, afirmou.

O Encontro Nacional também definiu uma minuta de reivindicações dos funcionários do Mercantil do Brasil:

Assinatura de compromisso do Mercantil do Brasil pela manutenção dos empregos durante todo o estado de calamidade da pandemia de Covid-19.

Resolução imediata da situação dos mais de 120 funcionários do grupo de risco do Mercantil do Brasil que estão afastados, em casa, e sem home office;

Extensão do plano de saúde e indenizações, além das já previstas na CCT, para todos os bancários do Mercantil do Brasil.

Programa de vacinação universal e gratuita contra o vírus influenza H1N1 e COVID19, quando for disponibilizada comercialmente, para todos os funcionários do Mercantil do Brasil e seus dependentes legais;

Testes de COVID19 gratuitos para todos os bancários do Mercantil do Brasil;

Rodízio de funcionários do Mercantil do Brasil nas agências bancárias e departamentos.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região.

Participação do Sindicato de Sorocaba

Nosso sindicato participou deste encontro, na pessoa do Presidente Julio Cesar através de videoconferência, onde foram tiradas estas pautas. A princípio havia entendimento que seria uma videoconferência com os representantes do banco, mas de qualquer forma foi um momento importante onde pudemos dividir experiência e confirmar a atitude tomada em nível nacional pela instituição financeira.

No ultimo dia 20 (segunda-feira), tivemos uma videoconferência com o negociador da FENABAN especifica para a Federação dos Bancários de SP/MS da qual participamos e aí sim, foram feitos apontamentos críticos a gestão do BMB, como:

-Transformação de agências em PAs, depois de ganho a concorrência junto ao INSS;

-Demissão de funcionários por esse motivo (Quadro administrativo);

-Manutenção de fila de idosos fora da agência, com a entrada de três clientes no autoatendimento por vez, para a venda de produtos (metas abusivas);

-O não custeio da vacina contra a gripe H1N1 e fornecimento de R$ 50,00 para essa finalidade, quando o custo mínimo era de R$ 140,00/dose;

-Descaso/falta de politica com respeito à pandemia, como afastamentos, isolamento dos demais envolvidos, com teste positivo de prestadores de serviços inclusive;

-Reuniões intermináveis;

Para o representante da FENABAN a transformação em PAs foi uma surpresa, que ele desconhecia. Hoje (22) haveria uma videoconferência com todos os bancos e os assuntos seriam abordados de acordo com cada denuncia. Vamos aguardar os resultados.

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