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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Apesar da defasagem de funcionários, Caixa se destaca na pandemia

De acordo com DIEESE, a média é de 1.780 correntistas por empregado




Apesar do momento desafiador trazido pela pandemia do novo Coronavirus, os empregados da Caixa Econômica Federal não deixaram de atuar na linha de frente, garantindo o atendimento ao público, sobretudo aos brasileiros que dependem dos programas de transferência de renda do governo federal.


No entanto, os dados do DIEESE, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, expõem a defasagem do funcionalismo da instituição. Já no primeiro trimestre deste ano, a média de atendimento registrada foi de 1.780 correntistas por empregado. Em 2007, esse número correspondia a 575,7 clientes por funcionário, o que representa um aumento de aproximadamente 200% no período, além de um crescimento de 42,4 milhões de clientes.

O levantamento traz, ainda, um dado alarmante. Nos últimos 12 meses, com influência do Programa de Desligamento Voluntário (PDV), foram fechados 2.943 postos de trabalho.


Para Carlos Augusto Pipoca, representante da FEEB-SP/MS na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, apesar dos riscos enfrentados pelos bancários, a atuação desses trabalhadores foi fundamental para que os programas de transferência de renda do governo federal pudessem chegar aos brasileiros. " Nos momentos difíceis é que as políticas públicas demostram seu valor. A pandemia revelou, entre outras coisas, que a Caixa é indispensável na vida dos brasileiros. Ao lado do SUS, prestando assistência médica, os pagamentos realizados ao povo que mais necessita salvaram vidas e garantiram um mínimo de segurança alimentar", afirma.


O dirigente lembra, também, que os bancos não tiveram suas atividades interrompidas em nenhum momento desde a decretação da pandemia do novo coronavírus, o que expôs ainda mais os trabalhadores aos riscos da doença. "A contratação de novos empregados segue insuficiente para a grande demanda de correntistas, conforme aponta a pesquisa, e a falta da vacina expõe ainda mais essa triste realidade. A Pandemia deixou muito claro que o bancário da Caixa é ainda mais 'essencial', pois o rol dos serviços que prestamos supera em muito as demais instituições financeiras", aponta Pipoca.



Articuladora de Políticas Públicas


Com um propósito diferente dos bancos privados, a Caixa é a maior articuladora de políticas públicas, de inclusão social, serviços e cidadania. O banco público atendeu mais de 100 milhões de brasileiros por meio do pagamento dos auxílios emergenciais.





Tema de audiência pública


A contratação de mais empregados para o banco público foi o tema de audiência pública, do dia 12 de abril de 2021. Na avaliação dos parlamentares e representantes dos empregados da Caixa, a redução de funcionários faz parte da política de desmonte adotada pelo governo federal, a fim de justificar a privatização da empresa, que tem sido essencial durante todo o período pandêmico causado pela Covid-19. Na ocasião, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães não compareceu para esclarecer o desmantelamento da estatal.



Número de empregados não supre a demanda


De acordo com dados divulgados pela Caixa, o banco ampliou 130 novas unidades, em 128 municípios diferentes. Com a expansão da rede, a Caixa vai atuar em todos os municípios com mais de 40 mil habitantes. Serão, no total, 4,3 mil unidades próprias, entre agências e unidades especializadas de atendimento. A Caixa conta, ainda, com 8.985 correspondentes Caixa Aqui; 13.226 unidades lotéricas, 2 agências-barco e 8 agências-caminhão.


Entre as unidades de atendimento, 43 estarão no Nordeste, 33 na região Norte, 20 no Centro-Oeste, 20 no Sudeste e 14 na região Sul. Já as unidades especializadas no agronegócio, 18 estarão no Centro-Oeste, 12 no Sudeste, 12 no Sul, 5 no Nordeste e 4 na região Norte.


FEEB SP/MS

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