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Aparelho de ar-condicionado pode estar associado à transmissão de Covid-19

Leonardo Weissmann, infectologista do Hospital Emílio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que o conhecimento do novo coronavírus evolui a cada dia e que alguns estudos apontaram que o aparelho de ar-condicionado pode estar associado à transmissão do vírus. Ressalta, no entanto, que não há até o momento nenhum estudo controlado feito em transportes públicos que pudesse demonstrar essa ação.

"Sabendo que pode, sim, ter a circulação do ar contaminado pelo vírus com o ar-condicionado, na dúvida, o ideal é evitar usar o aparelho e deixar as janelas abertas, manter o transporte o mais arejado possível e, mais importante, evitar a aglomeração das pessoas."

Weissmann afirma que não há evidência de que os filtros dos aparelhos de ar-condicionado consigam reter as partículas virais. Diz ainda que o aparelho ajudaria na recirculação do ar contaminado por gotículas.

No caso do metrô, os trens devem viajar mais vazios, com espaço para circulação do ar e sem aglomeração e, sempre que possível, os passageiros devem higienizar as mãos e evitar encostar nos olhos, nariz e boca após tocar nas superfícies.

A SPTrans, que controla os ônibus no município de São Paulo, informou que, atualmente, trabalha com 92% da frota de antes da quarentena e que todos os novos ônibus são equipados com ar-condicionado. Os coletivos da nova frota possuem janela com vidros fixos colados, o que impede sua abertura.

Disse ainda que o sistema de ar-condicionado segue norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com dupla filtragem, e assegura, a cada três minutos, a troca constante do ar que circula no veículo. A secretaria não informou se há comprovação de que o aparelho retenha partículas virais.

A empresa informa ainda que os aparelhos passam por higienização periódica e que diariamente são desmontados para verificação do funcionamento, eficiência e limpeza.


Folha de SP

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