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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Movimento sindical negocia saúde do trabalhador com o BB


Mesa Temática de Saúde está prevista do Acordo Coletivo de Trabalho ACT-2018/2020

Em rodada da Mesa Temática de Saúde, prevista do Acordo Coletivo de Trabalho ACT-2018/2020, realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília, o Banco do Brasil apresentou dados sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que é feito de acordo a Norma Regulamentadora (NR7) e também uma apresentação sobre o programa de Reinserção – Retorno ao Trabalho. Foram apresentados ainda números compilados do Exame Periódico de Saúde (EPS) de 2018. Existe uma obrigação legal e o EPS pode ser feito bienalmente para pessoas até 50 anos e sem doenças, mas o BB faz anualmente para todos os funcionários.

O PCMSO é realizado pela Cassi com ressarcimento do banco via convênio, não entrando nas despesas assistenciais da Cassi.

Entre os dados apresentados que mais preocupam os representantes dos trabalhadores está o crescimento do sobrepeso, maior no BB do que a média do Brasil. Estudos indicam que a incidência de câncer tem sido mais associada ao sobrepeso do que ao cigarro.

O percentual de sedentarismo no banco também é bastante elevado. O Banco também tem feito no EPS um rastreamento de tendência a depressão entre os funcionários, através de um questionário simples, com duas perguntas. A partir da resposta, o médico do trabalho faz alguns encaminhamentos e acompanhamentos.

PROGRAMA DE REINSERÇÃO

O Banco do Brasil também apresentou informações sobre o programa de reinserção, que é o programa de retorno ao trabalho dos funcionários que estão há algum tempo afastados, tendo como público alvo os reabilitados do INSS, os funcionários sem benefício do INSS, aqueles que tiveram a suspensão da aposentadoria por invalidez, os aposentados afastados a mais de 90 dias e os funcionários que retornam e que tem necessidade de adaptações.

Foi explicado como é feito o acolhimento do funcionário no local de trabalho, sua adaptação e o acompanhamento.

Os representantes dos sindicatos e federações fizeram vários questionamentos sobre os dois programas, com sugestões de melhoria no acompanhamento dos casos de retorno por cancelamento de licença ou aposentadoria por invalidez, principalmente de funcionários com muito tempo longe dos locais de trabalho.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta que todos os funcionários façam agendamento e não deixem de realizar o Exame Periódico de Saúde, pois muitos problemas ocupacionais são detectados naquele exame e os dados são cruzados com os dados da Cassi, para melhor monitorar a saúde dos funcionários.

Os representantes dos trabalhadores solicitaram dados mais detalhados sobre afastamento, além dos informados no Relatório Anual do BB. Foi solicitado que o banco comunique os casos de reinserção aos sindicatos para melhor auxílio aos funcionários.

Depois do recebimento dos dados solicitados, será feita avaliação da necessidade de outra rodada da Mesa Temática de Saúde. O Banco informou que vai verificar junto à Mesa Bipartite da Fenaban o que for solicitado de dados, já que o assunto está sendo discutido lá também.

O movimento sindical apontou para a Diretoria de Pessoas (DIPES) há a necessidade de uma melhor orientação ou capacitação dos gestores para lidar com as pessoas com restrições. O Banco informou que estão desenvolvendo ações para direcionar melhor as pessoas para as funções mais adequadas e que em breve irá nos apresentar esse programa com as novas iniciativas aprovadas.

Após a parte de Saúde, a Comissão de Empresa abordou na mesa outros temas que são objeto de demanda dos bancários de todo o país através dos sindicatos e federações.

DESCUMPRIMENTO DE ACORDO BANCO DE HORAS E ASSÉDIO NAS PSO

Foi relatado que nas Plataforma de Suporte Operacional (PSO) em todas as regiões do país, está havendo pressão para a adesão ao banco de horas, descumprindo assim o firmado no Acordo Coletivo.

A Comissão de Empresa denunciou que funcionários têm sido transferidos de SOP simplesmente por não aderirem ao banco de horas, o que é ilegal e fere o que foi acordado, que é livre adesão. Outro problema relatado pela CEBB é que na Instrução Normativa IN 361 não consta que as horas serão convertidas em espécie após seis meses. O Banco ficou de avaliar a revisão para adequação ao ACT. A Contraf-CUT também questionou se as horas não folgadas estão sendo provisionadas. O banco respondeu que já existe a provisão e o primeiro pagamento de horas não folgadas será feito na folha de pagamento de agosto deste ano.

CONCURSO DA ÁREA DE TI

Novamente cobramos do BB uma posição sobre os funcionários que fizeram concurso específico para TI mas até hoje encontram-se nas agências em Brasília. O problema já se arrasta por dois anos. O Banco informou que nos trará uma posição sobre o assunto até o final deste mês.

Gestão de Desempenho Profissional (GDP)

Os representantes dos funcionários denunciaram que a GDP tem sido usada constantemente como instrumento de ameaça de descomissionamento. Tudo tem se tornado motivo de ameaça para anotação na GDP e consequentemente ameaça de perda de cargo.

Foram relatadas várias situações em que há uma percepção de piora no clima organização e nas condições de trabalho dos escritórios digitais. Foi solicitada ao banco uma mesa específica sobre GDP, conforme foi debatido e acordado na Mesa de Negociação da Campanha Salarial de 2018.

VENDA DA BBTS

Em relação a matérias veiculadas na imprensa sobre a venda da BBTS – BB Tecnologia e Serviços, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT se posicionou contra a venda desta e das subsidiárias do BB, uma vez que defende o fortalecimento do Banco do Brasil e contra a sua privatização.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, o tema saúde dos funcionários é sempre um dos mais importantes da nossa pauta e por isso, a importância das Mesas Temáticas deste assunto. “O adoecimento de funcionários é algo que tem nos preocupado bastante nas transformações que vem acontecendo com o banco e nosso papel é sempre sugerir melhorias nos programas de saúde. A relação metas/adoecimento precisa ser cada vez mais estudada e as áreas negociais precisam entender a importância de ter funcionários satisfeitos e saudáveis, não apenas substituir os doentes e descomissionar por desempenho sem oportunidade de atacar a causa do adoecimento.”

Contraf

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