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BC libera R$ 16 bi retidos nos bancos para tentar incentivar empréstimos


Medida é parte do plano de redução do compulsório da instituição

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (26) nova redução na alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo, de 33% para 31%. O compulsório é a parcela de dinheiro dos clientes que os bancos não podem usar em operações de crédito e que precisa ficar retida no BC. Os depósitos a prazo são feitos quando o cliente investe em um título do banco. Já o depósito à vista é o dinheiro parado na conta-corrente, que tem compulsório de 25%. Segundo o BC, a mudança terá impacto de R$ 16,1 bilhões, valor que será liberado para as instituições financeiras e que poderá incrementar o volume de crédito e, por consequência, a economia. “Todas as iniciativas que convergem na direção de dar ao sistema financeiro maior liberdade de atuação e de estimular a competitividade são extremamente oportunas, porque ampliam o espaço para aumentarmos a oferta de crédito e oferecermos melhores condições aos consumidores”, afirmou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, em nota.

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (26) nova redução na alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo, de 33% para 31%. O compulsório é a parcela de dinheiro dos clientes que os bancos não podem usar em operações de crédito e que precisa ficar retida no BC. Os depósitos a prazo são feitos quando o cliente investe em um título do banco. Já o depósito à vista é o dinheiro parado na conta-corrente, que tem compulsório de 25%. Segundo o BC, a mudança terá impacto de R$ 16,1 bilhões, valor que será liberado para as instituições financeiras e que poderá incrementar o volume de crédito e, por consequência, a economia. “Todas as iniciativas que convergem na direção de dar ao sistema financeiro maior liberdade de atuação e de estimular a competitividade são extremamente oportunas, porque ampliam o espaço para aumentarmos a oferta de crédito e oferecermos melhores condições aos consumidores”, afirmou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, em nota.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o compulsório no Brasil é mais elevado que em outros países, e esse é um dos motivos para que os juros cobrados nos empréstimos sejam mais altos. Na prática, quando o compulsório é alto, os bancos têm menos dinheiro para emprestar aos clientes. Para manter o lucro, cobram mais pelos empréstimos, o que aparece no spread (a diferença entre o custo de captação e a taxa de juros cobrados dos clientes). Para o economista João Augusto Salles, especialista em análise de bancos, a medida pode levar a uma queda marginal nos spreads. “Os bancos querem emprestar, eles têm sobras [de dinheiro em caixa] para alavancar.” Desde 2008, o BC usou o compulsório como forma de estimular ou esfriar a economia, além de criar reservas de valor para reduzir ou aumentar a exposição dos bancos a risco de inadimplência. Ao reduzir o percentual a ser coletado, o BC permite que os bancos usem esses recursos e emprestem mais, o que poderia ajudar o país em momentos de crescimento mais lento, como o atual. “É nosso papel, como banco, apoiar a recuperação da atividade econômica e a geração de empregos”, complementou Rial. Em maio deste ano, como parte da Agenda BC#, a instituição apresentou uma série de medidas, entre elas, o plano estrutural de redução do compulsório ao longo do tempo. Na época, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que essa não era uma medida para estimular a economia, embora pudesse ter esse efeito, mas uma ação com objetivo de simplificação e ajuste, diante da constatação de que não há necessidade de manter esse nível de reserva, em torno de R$ 400 bilhões. Segundo o BC, a alteração aproxima mais a alíquota dos níveis históricos praticados antes da crise de 2008. Em maio daquele ano, os compulsórios somavam R$ 110 bilhões, valor que foi reduzido praticamente pela metade nos 12 meses seguintes. Em 2010, diante da necessidade de frear a liberação devido ao aquecimento da economia e do aumento da inadimplência, os compulsórios foram elevados para mais de R$ 200 bilhões. O valor chegaria a R$ 300 bilhões no ano seguinte e a R$ 400 bilhões no início de 2019. Também nesta quarta-feira, o Banco Central divulgou o relatório de crédito do mês de maio, que mostrou expansão de 10% nos empréstimos às famílias, mas avanço de apenas de 0,3% para as empresas. O relatório mostra ainda que os banco privados superaram os públicos em relação ao estoque de crédito no mês passado, algo que não era visto desde 2009, quando o governo Lula utilizou as instituições financeiras estatais para alavancar o crédito no país.

Entenda o compulsório É o percentual de recursos dos clientes que estão no banco e que não podem ser usados para emprestar

Esse percentual varia conforme o tipo de depósito:

Depósito à vista  É o dinheiro em conta-corrente 25% é quanto os bancos precisam deixar no BC, sem rendimento

Depósito a prazo  São investimentos como CDB (emitidos por bancos) e RDB (por financeiras) 31% é quanto precisa ficar no BC, que rende a Selic

Depósitos de poupança  20% das aplicações, que rendem o mesmo que a caderneta

Folha de SP

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