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SMetal promove ato em defesa de emprego na categoria metalúrgica


Trabalhadores da Toyota e sistemistas - como Kanjiko, Gestamp, Faurecia, entre outras outras - aprovaram pauta de reivindicação por manutenção e geração de emprego, em ato unificado realizado na manhã desta terça-feira, dia 25, na área do Parque Tecnológico de Sorocaba.

Dirigentes sindicais, membros dos Comitês Sindicais de Empresa (CSE), abordaram o impacto da queda de produção na montadora, que afeta, além das metalúrgicas da nova zona industrial, também as autopeças da avenida Independência como Schaeffler, ZF do Brasil e Clarios (antiga Johnson Controls).

O secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Silvio Ferreira, destacou passo a passo as negociações que foram feitas, desde quando a Toyota solicitou modificação no calendário, há pouco mais de um mês, numa tentativa de poupar a demissão de 50 trabalhadores.

“Primeiro, nos passaram a necessidade de adequação da produção com redução de 230 postos de trabalho. Fizemos a modificação no calendário de dias-pontes para minimizar para 180. Mas, em seguida já apresentaram 340 com a pauta de 20 itens, praticamente, de retirada de direitos. Foram duas plenárias realizadas no sindicato com trabalhadores para iniciarmos a construção dessa negociação, mas na semana seguinte a montadora já anunciou 740 com o fechamento do terceiro turno”, explicou Silvio.

O diretor sindical e integrante do CSE da Toyota, Robson Lopes Passos (Paraná), lembrou que só com a negociação do terceiro turno feita por meio do sindicato com a Toyota, foram criados aproximadamente cinco mil empregos na cadeia produtiva. “É importante lutarmos para que os que estão sendo demitidos sejam readmitidos o quanto antes”.

Impacto geral

Em todas as falas do ato unificado os dirigentes reforçaram a importância de se compreender o contexto político atual. “É uma política clara que não está a nosso favor, não atende a classe trabalhadora e sim o capital financeiro”, destacou Silvio.

A diretora do SMetal, que integra o CSE da empresa Gestamp (NCSG), Priscila dos Passos Silva, destacou que a empresa já protocolou pedido de férias para 200 trabalhadores na próxima semana. “Estamos na porta da fábrica sempre ouvindo os trabalhadores e não queremos o sentimento de derrota e sim, de construção de unidade porque essa conjuntura pode afetar qualquer um”.

Para além das sistemistas, como a Kanjiko, que já demitiu 60 trabalhadores, o impacto da queda de produção na montadora afeta também as autopeças Schaeffler, que reduziu aproximadamente 100 postos de trabalho e a Clarios (antiga Johnson Controls), que até o dia 28 pode protocolar aviso de férias coletivas para 900 trabalhadores.

“Não é apenas o fator da crise na Argentina, mas também da política neoliberal implantada no Brasil, que está afetando a produção por falta de investimentos industriais”, ressalta o diretor executivo, integrante do CSE da Clarios, Antonio Welber Filho (Bizu).

Pauta de reivindicação

Para a geração de postos de trabalho e para manter os atuais, é fundamental que se tenha investimentos públicos e também privados. Por isso, o presidente do SMetal, Leandro Soares, colocou em votação uma pauta, que imediatamente, foi aprovada pelos trabalhadores na manhã desta terça-feira.

“O grande objetivo desta assembleia é a defesa do emprego e dos investimentos para a planta de Sorocaba que beneficiará toda a cadeia produtiva”, destacou. Por unanimidade, os trabalhadores aprovaram a reivindicação do sindicato para que a empresa garanta esse investimento, por meio da aquisição da plataforma global.

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos agradece ao Sindicato dos Rodoviários pelo auxílio e contribuição no ato unificado.

SMetal

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