Novo grupo de controle da companhia contará com seis sócios-diretores ao lado de seu fundador, Guilherme Benchimol
A XP anunciou uma nova composição do seu grupo de controle e uma reorganização nesta terça-feira (22). A companhia passa a ter seis sócios-diretores ao lado do fundador e presidente da empresa, Guilherme Benchimol.
São eles: Bernardo Amaral, Bruno Constantino, Carlos Alberto Ferreira, Fabrício Almeida, Gabriel Leal e Guilherme Sant’Anna.
Além disso, a companhia também faz, pela primeira vez, a reorganização societária para o programa de RSUs (sigla em inglês para Ações Restritas, na tradução livre). O modelo foi pré-aprovado na abertura de capital da XP e, na prática, faz com que as ações da empresa não sejam transferíveis com o total benefício da venda até que determinadas condições sejam cumpridas.
Por exemplo, um sócio que tenha uma determinada participação na companhia por meio do programa de remuneração de RSUs só poderá resgatar 100% do seu retorno ao cumprir um tempo pré-estabelecido. Caso esse sócio decida vender sua parte antes do prazo estipulado, ganha apenas a parte equivalente ao tempo que ficou em posse das ações.
Cerca de 300 sócios foram migrados para o novo programa de remuneração.
Segundo a XP, a medida está em linha com padrões internacionais de governança e reforça o comprometimento de longo prazo dos principais sócios com a corretora e os acionistas minoritários.
“Valorizar a visão de longo prazo, a meritocracia e as pessoas que ajudam a construir diariamente a XP é fundamental e foi o mote principal dessa decisão, que nos fortalece e reforça o nosso compromisso de geração contínua de valor a todos os acionistas”, afirmou Benchimol em nota.
Esse balanceamento do quadro societário acontecerá anualmente. O programa de RSUs também está alinhado com o crescimento da companhia e com valorização de suas ações na Bolsa de Valores.
A oferta de ações da XP aconteceu em dezembro de 2019 na Bolsa de tecnologia Nasdaq, em Nova York e movimentou US$ 2,25 bilhões (R$ 12,2 bilhões). Na época a empresa estreou no mercado com US$ 14,9 bilhões de valor de mercado (cerca de R$ 81 bilhões).
Os investidores que adquiriram os papéis no IPO pagaram US$ 27 (R$ 146,7) por ação – acima do valor sinalizado pela companhia anteriormente, que era de US$ 22 a US$ 25 (de R$ 119,5 a R$ 135,8)
Nesta terça-feira (22) as ações da XP encerraram o dia com alta de 3,06%, cotadas em US$ 43,38 (R$ 235,7). No ano, os papeis da corretora acumulam ganho de 155,8%.
Folha de SP
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