O consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil divulgou, às 20h de segunda (4), o avanço da pandemia em 24h no país.
A média móvel de casos confirmados em 7 dias foi de 35.381, queda de 28% frente o período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 22.489 casos. A média móvel de mortes em 7 dias foi de 707. Com isso, houve queda de 9% frente a média móvel do período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registradas 562 mortes por covid.
Na segunda, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou os dois primeiros casos de contaminação no estado com a nova variante do coronavírus, a mesma que foi identificada no Reino Unido e é apontada como um dos fatores a contribuírem para a aceleração da pandemia no país. O estado tem 62% dos leitos de UTI ocupados, e espera um pico de novas internações em 15 dias, como resultado de viagens e encontros das festas de final de ano.
Além disso, reportagem publicada na segunda pelo jornal Folha de São Paulo afirma que o governo brasileiro está utilizando de diplomacia para buscar garantir a importação da Índia de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que é produzida no país asiático pelo Serum Institute.
Isso porque, no domingo (3), o CEO do instituto, Adar Poonawalla, disse à agência internacional de notícias Associated Press que o governo do país não permitirá a exportação nos próximos meses das doses da vacina que produzirá, colocando em risco os planos do governo brasileiro para o imunizante.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) testa o produto no Brasil, mas ainda não iniciou sua produção, nem ao menos com insumos importados. Por isso, foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a importá-lo da Índia, o que permitiria ao governo federal iniciar a vacinação no país mais rapidamente.
Também na segunda, a Anvisa pediu mais dados da Fiocruz (Fundação para autorizar o uso emergencial da mesma vacina. A agência alega que precisa avaliar a comparabilidade entre a vacina produzida no Reino Unido, que está sendo testada no Brasil pela Fiocruz, e a vacina fabricada na Índia.
“Para a autorização, a agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle. Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, afirmou.
Fonte: Infomoney
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