
Diante da crescente mobilização sobre a jornada de trabalho no Brasil, a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), se manifesta em defesa da redução da carga horária.
A discussão surgiu em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), da deputada Eika Hilton (PSOL-SP), que visa reduzir a carga horária semanal para 36 horas, com o intuito de acabar com a extenuante escala 6×1, que obriga os trabalhadores a cumprirem 6 dias de trabalho seguidos por apenas 1 dia de folga.
Até o momento a proposta arrecadou mais de 2 milhões de assinaturas em apoio, que defendem que a mudança seja feita sem redução salarial.
“Não é de hoje que defendemos que a atual jornada de trabalho precisa ser repensada, pois a tecnologia já permite que o trabalho seja realizado remotamente, com produtividade e sem a necessidade de deslocamento. O mundo do trabalho mudou e é fundamental que as leis também evoluam para garantir salários dignos, condições adequadas e a proteção dos trabalhadores frente a essas novas realidades”, defende David Zaia, presidente da Feeb SP/MS.
A PEC em discussão sugere a substituição da carga de 44 horas semanais por uma jornada de 4 dias de trabalho, equivalente a uma escala 4×3, com três dias consecutivos de folga. Além da questão de direitos trabalhistas, a discussão refere-se à adaptação a novas formas de trabalho impulsionadas pela tecnologia e pela flexibilização do ambiente profissional.
Resultados positivos
Diversos estudos e experiências internacionais, tem apontado positivamente para o assunto. A exemplo o projeto piloto do 4 Day Week Global, que tem mostrado resultados positivos com as jornadas reduzidas. A pesquisa indicou aumento na produtividade, redução de estresse e melhora na saúde física e mental dos trabalhadores. Dados coletados em empresas participantes sugerem que a adoção de uma semana de trabalho mais curta não compromete a competitividade e pode até melhorar a performance financeira das empresas.
Empresários e parlamentares conservadores, no entanto, tem se organizado contra a PEC, argumentando que a redução da jornada sem ajuste salarial aumentaria as despesas das empresas e prejudicaria a geração de empregos.
Defesa da Feeb SP/MS
A Feeb SP/MS tem acompanhado as mudanças e resultados positivos obtidos em outros países e discutido o tema com frequência. A redução da jornada de trabalho, foi inclusive, aprovada durante as conferências realizadas pela entidade.
Fonte: Feeb SP/MS
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