Alta ficou abaixo da expectativa do mercado para o mês
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), também conhecido como prévia da inflação, registrou alta de 0,48% em fevereiro, informou nesta quarta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano (considerando janeiro e fevereiro), o índice ficou em 1,26%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,57%. Em fevereiro de 2020, a taxa foi de 0,22%.
O resultado ficou abaixo do que projetavam economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam uma variação de 0,5%. Para o ano, a expectativa era de 4,59%.
O índice foi influenciado principalmente pela alta da gasolina, que exerceu impacto de 0,17 ponto percentual no IPCA-15, após subida de 3,52% nos preços.
Ainda no grupo dos combustíveis, também tiveram alta o óleo diesel (2,89%), o etanol (2,36%) e o gás veicular (0,61%).
O segundo maior impacto veio de educação, 0,15 p.p. no resultado do mês, após alta de 2,39% nos preços, reflexo dos reajustes anuais aplicados no início do ano letivo.
Ainda foram retirados descontos aplicados em 2020 pelas instituições de ensino em meio à pandemia de Covid-19, o que contribuiu para uma alta mais intensa nos preços da categoria.
Em Fortaleza, a alta intensa nos cursos regulares (8,86%) fez a região apresentar a maior variação positiva no IPCA-15 de fevereiro.
Por outro lado, exerceu pressão negativa a redução nas tarifas de energia elétrica, de 4,24%, por causa da mudança nas bandeiras tarifárias, indo de vermelha patamar 2 em dezembro e amarela em janeiro e fevereiro.
A queda fez Goiânia ser a única localidade a apresentar deflação (-0,03%) na prévia da inflação de fevereiro, após retração de 4,88% nos preços da energia elétrica.
O grupo alimentação e bebidas continua desacelerando, indo de 1,53% em janeiro para 0,56% em fevereiro, exercendo influência de 0,12 ponto percentual no índice geral do mês.
Tiveram redução nos preços a batata-inglesa (-5,44%), o leite longa vida (-1,79%), o óleo de soja (-1,73%) e o arroz (-0,96%).
O centro da meta de inflação para 2021 é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
O mercado, no entanto, já projeta que o índice encerre o ano acima do centro da meta. Segundo o Boletim Focus, pesquisa feita pelo Banco Central com economistas, o IPCA deve acumular alta de 3,82% neste ano.
Para este ano a pesquisa mostra forte aumento dos preços administrados, de 5,10%, contra alta de 4,60% calculada anteriormente. Para 2022 a expectativa de alta dos preços foi reduzida a 3,86%, ante 3,94%.
Folha de SP
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