Enquanto os bancários trabalham, os banqueiros tramam diminuir salários e achatar conquistas, ou simplesmente retira-las. Hoje eles se esquecem de tantos anos seguidos de lucros crescentes, batendo recorde encima de recorde, sempre com a participação massiva dos bancários e choram a queda dos lucros deste ano.
Hoje na negociação sobre cláusulas econômicas os banqueiros se negaram dar nenhum índice de reposição salarial, o que significa nenhum repasse para tíquetes, auxílio creche/baba, mantendo os salários congelados.
Depois sugerem reduzir a gratificação de chefia dos atuais 55% para 50% e neste ponto dizemos com toda sinceridade, que é um desrespeito com aqueles que conduzem as atividades internas, coordenando os demais colegas de trabalho.
Daí para frente é suportar a bronca, quando anunciam o desejo de acabar com a 13ª cesta alimentação, que faz parte do pacote anti-Receita Federal, pois eles não concordam em pagar impostos sobre os tíquetes. Já existe um pronunciamento do presidente do Banco Santander onde ele insinua que se o funcionário trabalha em Home Office, não precisa de tíquete para almoçar fora.
Lembrando que apenas como exemplos, no segundo trimestre deste ano o Itaú angariou lucro de R$ 4,2 bilhões, Bradesco R$ 3,5 bilhões e Banco do Brasil faturou R$ 3,2 bilhões, mesmo assim eles continuam com pretensões econômicas para com seus funcionários. Agora parece que a regra é lucrar com a folha de pagamento sendo diminuída.
Não podemos nos esquecer de que existe outra ameaça que pode ser colocada em mesa, que é a possibilidade da terceirização da mão de obra na atividade fim, a nossa atividade, que é essencial em momentos difíceis como a pandemia ou a troca da moeda ou qualquer outra situação que envolva as instituições financeiras, mas se for para economizar estão autorizadas pelo governo federal a contratar mão de obra barata e sem experiência profissional.
Julio César Machado - Presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região
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