Plataforma está disponível para clientes e deve abrir para o público em geral em 2021
O BTG Pactual lançou nesta segunda-feira (14) seu banco digital de varejo, o BTG+. A nova plataforma oferecerá todos os serviços bancários disponíveis no mercado, como crédito, cartões, contas transacionais (conta corrente ou conta salário, por exemplo), seguros, gestão financeira, investimentos, entre outros.
Inicialmente, a plataforma só estará disponível para os atuais clientes do BTG Pactual digital –plataforma do banco de investimentos. A previsão é de que os serviços estejam disponíveis para o público em geral a partir de janeiro de 2021.
O banco já havia revelado sua intenção de entrar no varejo bancário em maio de 2019, afirmando que tinha como objetivo, com o lançamento da plataforma, se tornar o sexto maior banco de varejo do país em números de clientes. A nova unidade será liderada por Rodrigo Cury, sócio do BTG Pactual.
Segundo Cury, ainda não existe definições sobre os possíveis custos de transação ou dos serviços e produtos oferecidos pelo BTG+, mas afirma que a plataforma não terá nenhum custo de abertura ou manutenção por enquanto.
“Estamos lançando [esses serviços e produtos] isentos de anuidade, pelo menos durante um período. Essa transacionalidade do mercado é muito forte e, para competir, não há condição de cobrar esse tipo de tarifa antiquada dos clientes. Ninguém quer pagar por algo que não vê valor ou relevância”, afirmou.
O BTG+ também contará com um programa de fidelidade aberto. Segundo Cury, isso significa que o cliente poderá escolher o plano mais adequado ao seu perfil, podendo pontuar por milhas aéreas, pontos ou cashback, por exemplo.
“Estamos lançando também o Invest+, programa de recompensa no qual parte dos gastos no cartão e até do uso da conta é revertido em investimento. Os recursos são realocados para um fundo gerido pelo próprio BTG”, disse Cury.
Inicialmente, para os cartões Black, que é a categoria mais alta daqueles que usam o plástico, cerca de 1% dos gastos são revertidos como investimento para o fundo. Já para o segmento Platinum, cerca de 0,75% dos gastos são revertidos.
“A ideia é que ao longo dos próximos meses a gente traga acelerados para recompensar o uso da plataforma pelo cliente como um todo, de maneira que esse 1%, por exemplo, possa virar 1,5% ou 2%”, afirmou Cury.
Em relação às taxas de juros oferecidas pelo BTG+, o executivo afirmou que são competitivas e abaixo da média do mercado, mas não deu mais detalhes.
O banco também lançou a plataforma do BTG + business, voltado para MPMEs (micro, pequenas e médias empresas).
Segundo o diretor responsável pelo crédito corporativo no BTG Pactual e co-diretor do BTG+ business, Rogério Stallone, as MPMEs são vistas como uma oportunidade de negócio para a plataforma e o segmento tende a crescer no banco nos próximos meses.
“Hoje, temos 5,3 mil clientes com esse perfil, responsáveis por um portfólio de crédito de R$ 4,9 bilhões”, disse. Ele afirma que, em relação aos juros, o banco desenvolveu uma precificação personalizada e que, portanto, não há uma taxa que valha para todos os clientes.
Segundo o presidente-executivo do BTG, Roberto Sallouti, ainda não é possível identificar quanto as duas plataformas devem ter de participação nos resultados do BTG Pactual, mas afirma que não descarta a possibilidade de que o BTG+ e o BTG+ business representem 50% dos lucros em cinco anos.
“É muito difícil falar de quanto vai representar, mas a participação das unidades de varejo digital nas receitas, na quantidade de clientes e no resultado é crescente. A expectativa é de que em dois ou três anos o BTG+ já seja lucrativo e, dizer que em cino anos possa representar metade dos lucros, não é sonho. Mas é importante dizer que também não é meta. Nosso objetivo é ser mais presente na vida do cliente”, afirmou Sallouti.
Folha de SP
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