O Bradesco anunciou internamente nesta sexta-feira uma reestruturação da área de atacado, com a eliminação de dois níveis hierárquicos.
O Bradesco anunciou internamente nesta sexta-feira uma reestruturação da área de atacado, com a eliminação de dois níveis hierárquicos. Em paralelo, o chefe da área de banco de investimento, Alessandro Farkuh, pediu seu desligamento da instituição.
As mudanças vão resultar no corte de 23 executivos da área de “corporate”, disse o vice-presidente de atacado do Bradesco, Marcelo Noronha.
De acordo com ele, foram eliminadas as funções de diretor e gerente regional, reduzindo de cinco para três os níveis entre os chefes de área e os gerentes. “Com isso, a gente aproxima o cliente do head. A tomada de decisão é mais rápida, e esse é o objetivo”, afirmou.
O Bradesco ainda não definiu um substituto para Farkuh. De acordo com ele, o banco está em busca de nomes no mercado.
As mudanças envolvem a promoção da diretora Claudia Bollina Mesquita, que assumirá o comando da área de mercado de capitais - renda variável. Ela substituirá Glenn Mallett, que está de saída.
Também deixará a instituição Juan Briano, que era chefe da área de global markets e ficava em Nova York. O executivo será sucedido por Rui Marques, que cuidava da corretora institucional, e continuará baseado em São Paulo. Houve uma tentativa de manter Briano no banco, mas ele optou por continuar vivendo nos Estados Unidos.
“São medidas que a gente vinha planejando no começo do ano, parou com a covid-19 e agora voltou”, disse.
Além da movimentação no corporate, o Bradesco também vai mexer no segmento de médias empresas. Nesse caso, o foco recai sobre a estrutura física.
Segundo Noronha, serão devolvidos oito pontos de atendimento de um total de 70 voltados a esses clientes. Com a decisão de manter um home office parcial no pós-pandemia, serão liberados espaços nos prédios administrativos, que abrigarão equipes de agências.
É o caso de três pontos de atendimento voltados ao segmento de “middle” que o Bradesco mantinha nas avenidas Faria Lima, Luís Carlos Berrini e Morumbi, em São Paulo. Os três imóveis, alugados, serão devolvidos e o atendimento passará a ser feito no edifício corporativo do banco na Faria Lima.
“Estamos trazendo ganho de eficiência, produtividade e fazendo ajustes no modelo de gestão”, afirmou.
Valor Investe
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