Além de dinheiro, empresa deve saldo em Bitcoin para coordenador de suporte ao cliente que foi demitido há um ano
A Atlas Quantum foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRt - 2) a pagar uma dívida de R$ 100 mil com um ex-funcionário que ainda não recebeu o salário de 2019.
Assim, de acordo com a decisão judicial o ex-coordenador de suporte ao cliente da Atlas Quantum deverá receber a verba rescisória apresentada na condenação de forma voluntária.
No entanto, além de dinheiro o ex-funcionário da plataforma alega que possui uma fração de Bitcoin presa no negócio. Porém, a Justiça não acatou o pedido relacionado ao saldo em criptomoedas, já que ele pedia danos morais em relação ao valor retido na Atlas Quantum.
Ex-funcionário processa Atlas Quantum
Um processo trabalhista contra a Atlas Quantum condenou a empresa a pagar voluntariamente R$ 100 mil para um ex-funcionário que foi demitido em dezembro de 2019.
Assim, sem receber salário, férias e verbas rescisórias, o ex-coordenador de suporte ao cliente da Atlas Quantum decidiu procurar a Justiça para quitar a dívida trabalhista.
Inicialmente, o valor da causa foi apontado como R$ 159.278,31 ao considerar o pedido de indenização moral solicitado pelo autor da ação. Mas, com o indeferimento deste pedido, o valor da causa trabalhista foi apontado como sendo R$ 100 mil pela Justiça.
“Narra que não recebeu o salário de nov/19, verbas rescisórias, férias pendentes, vale alimentação e refeição.”
Bitcoin preso
Um processo trabalhista em desfavor à Atlas Quantum cita que a empresa possui uma dívida trabalhista de R$ 100 mil com o ex-coordenador de suporte ao cliente que foi demitido no dia 16 de dezembro de 2019.
Assim, o ex-funcionário da plataforma de arbitragem em Bitcoin alega que não recebeu o salário referente ao mês de novembro daquele ano, além de outras verbas rescisórias.
Enquanto isso, além de não receber o dinheiro devido pela empresa, o ex-funcionário teve também uma fração de Bitcoin bloqueado pela Atlas Quantum, assim como aconteceu com milhares de investidores da plataforma que continuam com saques em atraso.
O valor em Bitcoin que o ex-coordenador de suporte ao cliente possui retido na plataforma é fruto de bonificações oferecidas pela empresa em criptomoedas.
Segundo o processo judicial, a fração de 0,44077140 de Bitcoin (BTC) está retido na plataforma de arbitragem. Sem conseguir sacar as criptomoedas há cerca de um ano, o ex-funcionário da Atlas Quantum pediu indenização moral pelo ocorrido.
Com o indeferimento desse pedido, a Atlas Quantum terá que pagar apenas R$ 100 mil, que corresponde a verba trabalhista que o ex-funcionário tem direito.
Enquanto ao Bitcoin preso na plataforma, a Justiça não deliberou sobre a devolução do valor pela empresa. Como o pedido de devolução em criptomoedas não apresentou provas sobre o bloqueio, o saldo em Bitcoin não foi incluído na decisão sobre o pagamento voluntário da dívida trabalhista por parte da Atlas Quantum.
“Não há nos autos nenhuma prova do alegado bloqueio ou indisponibilidade dos referidos valores.”
fonte: Cointelegraph Brasil
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