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Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste: Confira o boletim do Dieese


Na terça-feira, 19 de novembro, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou um boletim que apresenta um panorama sobre a desigualdade racial no Brasil, destacando que, apesar de alguns avanços nas últimas décadas, as disparidades de rendimentos entre brancos e negros persistem de forma significativa.


O estudo mostra que, embora a renda média dos trabalhadores negros tenha apresentado crescimento nos últimos anos, ela ainda é consideravelmente inferior à dos trabalhadores brancos. Em 2023, a renda média dos negros foi cerca de 60% da renda dos brancos, um reflexo da histórica exclusão e discriminação racial que impacta as condições de trabalho e o acesso a melhores oportunidades educacionais e profissionais.


O boletim do DIEESE também aponta que, apesar de os negros representarem uma grande parte da força de trabalho no Brasil, ocupando setores de menor remuneração e maior informalidade, houve progressos em algumas áreas, como o aumento da participação de negros em cargos de liderança e nas universidades. No entanto, essas conquistas ainda são limitadas e não suficientes para reduzir de maneira substancial a desigualdade estrutural que existe no mercado de trabalho.


Além disso, o DIEESE destaca que a pandemia de COVID-19 exacerbou as desigualdades raciais, já que a população negra foi a mais afetada por questões como desemprego, fechamento de negócios e morte, devido à concentração em atividades de risco e à falta de acesso a uma saúde pública de qualidade.


O boletim também sugere que políticas públicas focadas em inclusão racial, como ações afirmativas no mercado de trabalho, ampliação de programas educacionais para a população negra e a implementação de medidas para a valorização salarial dos trabalhadores negros, são essenciais para enfrentar essa desigualdade histórica.


Em resumo, o DIEESE enfatiza que, apesar de alguns avanços no campo social e econômico, a desigualdade racial no Brasil ainda é uma questão central que exige uma atuação constante do governo, das empresas e da sociedade civil para promover a justiça social e a equidade entre as raças.


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