Os presidentes dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil garantem que os R$ 40 bilhões anunciados hoje pelo governo para financiar folhas de pagamentos vão chegar às pequenas e médias empresas no intuito de manter os empregos em meio à crise do coronavírus. Ao aderirem à criação de um fundo emergencial, irão, juntos, arcar com 15% desta conta.
Serão R$ 40 bilhões para financiar folhas de pagamentos de empresas com faturamento anual de até R$ 10 milhões nos próximos dois meses. O objetivo, conforme os bancos privados, é garantir a sobrevivência dos pequenos negócios e, consequentemente, preservar postos de trabalho no segmento que é o maior gerador de empregos da economia.
A linha receberá 85% de funding do Tesouro Nacional, recursos que serão aportados em um fundo a ser administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os 15% dos próprios bancos, que serão responsáveis pelo repasse dos recursos a seus clientes.
“Este é mais um passo que os bancos privados de varejo, em parceria com o governo federal, dão no sentido de contribuir para proteger a economia brasileira neste ciclo de crise gerado pela pandemia do coronavírus”, avaliou o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota à imprensa. “Temos, os três bancos, uma atuação de abrangência nacional e isso nos dá condições de abrigar a folha de pagamento de grande parte do conjunto das micro e pequenas empresas do País, conferindo apoio à previsibilidade e estabilidade social nesse período de transição”, acrescentou.
Para o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, a medida dará fôlego para milhões de empreendedores neste momento de dificuldade econômica. “Este é um exemplo claro de como parcerias entre o setor público e o setor privado podem contribuir para o bem-estar da sociedade… A reação à crise demanda união e solidariedade, o que mais uma vez demonstramos com esta iniciativa”, avaliou o executivo.
O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, enfatizou a estrutura do financiamento para ajudar as pequenas e médias empresas, unindo os setores público e privado. “Esta estrutura de financiamento é um exemplo feliz da importância de termos o estado brasileiro trabalhando com o setor privado. Faremos com que o capital de giro chegue às pequenas empresas com o único propósito de manutenção de empregos, de forma a manter a atividade econômica viável e a permitir o retorno do crescimento assim que possível”, garantiu.
As pequenas e médias empresas que acessarem a linha anunciada hoje terão seis meses de carência e o pagamento parcelado em até 36 meses, com uma taxa de juros equivalente ao CDI, ou seja, sem cobrança de spread. A medida foi anunciada após negociações praticamente diárias entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o governo Bolsonaro.
fonte: Broadcast