A UGT São Paulo reuniu cerca de 250 pessoas, representando todos os sindicatos que compõem sua base, no evento realizado em Campinas nesta segunda-feira (9). O encontro aconteceu no Centro de Estudos Jurídicos da Fecomerciários e debateu temas atuais, como as longas filas enfrentadas por quem espera benefícios do INSS, a participação dos trabalhadores nas eleições municipais deste ano, a MP 905 que cria a carteira Verde Amarela e a PEC 196 da Reforma Sindical.
Estiveram presentes ao evento o deputado federal Paulinho da Força e o presidente da UGT Nacional, Ricardo Patah, além de toda diretoria da Central paulista. “Este evento mostrou como os temas que resolvemos abordar despertam interesse e chamam a atenção de todos os brasileiros, não somente aqueles ligados ao movimento sindical”, avaliou o presidente Amauri Mortágua.
“A UGT-SP sai na frente ao realizar um encontro deste nível, com tantos participantes e buscando debater temas que têm interesse direto para a população, através de palestras e debates com especialistas. O presidente Amauri Mortágua está de parabéns pela organização”, elogiou Ricardo Patah.
Já o deputado federal Paulinho da Força lembrou que é preciso união para enfrentar o momento delicado por que passa a sociedade brasileira e, com a realização do encontro em Campinas, a UGT-SP mostrou pioneirismo ao iniciar um trabalho focado na busca por soluções para os impasses que afligem os trabalhadores. “Chegou o momento de todos se unirem e essa unidade só vem através do diálogo, por isso este evento é tão importante. Quando fui convidado, cancelei todos os compromissos para estar aqui. O presidente Amauri Mortágua mostrou, mais uma vez, sua capacidade de articulação e de organização”, destacou.
Palestras
O presidente do Sindicato dos Aposentados, Natal Léo, abriu o ciclo de palestras com informações sobre o lento processo de atendimento no INSS, que gera longas filas. Ele analisou os motivos que levam ao atual cenário e avaliou a eficácia das medidas que foram anunciadas pelo governo para tentar reverter este quadro, bem como outras que podem ser buscadas para atingir o objetivo.
Na sequência, o advogado Ricardo Vita Porto, professor na Escola Paulista de Magistratura do TJ/SP, apresentou ao público um cenário sobre as eleições que ocorrem em outubro deste ano, falando sobre impedimentos legais e as alterações na legislação. Na sequência, houve uma roda de debates com sindicalistas que também ocupam ou ocuparam cargo no Legislativo municipal, como o próprio Amauri, que é vereador em Tupã, Charles Fernandes (Cruzeiro), Márcia Caldas (São José do Rio Preto), Flávio Zandoná (Avaré), Luciano Ribeiro (Itu) e o ex-vereador de Franca, Luiz Carlos Vergara.
No período da tarde, o trabalho foi aberto pelo sociólogo Fausto Augusto Júnior, Diretor Técnico do Dieese, que falou sobre a MP 905 e as armadilhas que ela oculta.
Durante os debates, o lotado Plenário do Evento aprovou, por unanimidade, um Manifesto de repúdio às mazelas contidas na MP 905, de intensificação da precarização do trabalho, com pedido de sua rejeição pelo Congresso Nacional, documento este entregue também ao Presidente Nacional da UGT, Ricardo Patah e ao Deputado Federal Paulinho da Força.
Em seguida, a ex-secretária de Emprego e Relações do Trabalho e ex-coordenadora-geral do Registro Sindical do Ministério do Trabalho, a jurista Zilmara Alencar, abordou aspectos da PEC 196, que trata sobre a reforma sindical.
Encerrando o evento, o presidente Amauri Mortágua, o deputado federal Paulinho da Força, o presidente da UGT Nacional Ricardo Patah conduziram uma série de debates focados em buscar uma atuação efetiva junto ao Congresso para discutir estas matérias de interesse da classe trabalhadora e da sociedade, bem como, lutar contra as reformas prejudiciais ou, se for o caso, reduzir os nefastos impactos e assegurar protagonismo aos representantes dos trabalhadores nessas discussões.
“Nosso evento atingiu plenamente todos os seus objetivos. Pudemos perceber, pelo nível de engajamento dos participantes, que todos estão empenhados em debater os temas e, mais que isso, buscar saídas para estas questões”, avaliou Amauri.
Representando o segmento bancário de São Paulo estiveram presentes os sindicatos de Franca, Tupã e São José dos Campos
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