De acordo com o Globo, o primeiro passo para essa medida seria Guedes convencer o presidente Jair Bolsonaro a aceitar vender o banco público
O ministro da Economia, Paulo Guedes , e sua equipe se preparam para iniciar um processo que pode levar à privatização do Banco do Brasil (BB), segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo. O primeiro passo para essa medida seria Guedes convencer o presidente Jair Bolsonaro a aceitar vender o banco público.
De acordo com o jornal, a privatização do Banco do Brasil, porém, não seria feita no curto prazo, podendo ocorrer até o fim do mandato, em 2022.
Em entrevista ao Globo, publicada no domingo (1º), Guedes disse que uma privatização particularmente poderia render R$ 250 bilhões, sem especificar a qual estatal se referia.
Duas empresas públicas, com ações negociadas na bolsa, teriam potencial para superar as centenas de bilhões: BB e Petrobras.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, seria um dos grandes defensores da medida dentro do governo. Segundo o jornal, ele já chegou a afirmar que a privatização do Banco do Brasil seria inevitável.
Em nota, o Ministério da Economia informou que o governo Bolsonaro “não pretende privatizar Banco do Brasil, Caixa e Petrobras”. O banco não comentou.
Na avaliação de Carlos Daltozo, chefe de ações da Eleven Financial Research, não faz sentido o Brasil ter dois bancos públicos do tamanho da Caixa e do BB.
“Vejo duas possibilidades: a venda para uma instituição estrangeira, que é o que deseja o governo, mas é mais complicado, ou a mudança de algumas leis, a venda de poucas ações e a mudança para uma corporation. Assim, o banco se livra das amarras estatais, ganha agilidade e o governo pode vender aos poucos, maximizando o retorno”, escreveu Daltozo no Twitter.
Segundo o chefe da Eleven, em ambos os casos, é necessário dar uma destinação para o crédito rural e todos os programas de governo no qual o BB atua, que, na sua opinião, deveriam migrar para a Caixa. Já a Caixa, deveria vender todas as suas subsidiárias e permanecer um banco voltado a políticas públicas.
Fonte: O Globo