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Retrospectiva - Palestra no sindicato aborda reforma da previdência e seus riscos aos trabalhadores


Março 2019 - A reforma da previdência está pronta e com ela, em nosso entendimento, uma quantidade de mudanças em prejuízo ao trabalhador - e não é somente na idade de aposentadoria, pois acabou o tempo de contribuição (antes 30/35 anos), hoje somente por idade (62/65 anos) e com um agravante, conforme a expectativa de vida aumentar, a idade para aposentadoria também aumenta (Ex.: expectativa de vida aumenta em dois anos, aposentadoria somente aos 64/67), ou seja, para aqueles que não estão às vésperas da aposentadoria atualmente, será praticamente impossível aposentar. Além disso, aposentadoria integral será praticamente impossível de se obter, já que o benefício pago levará em conta as contribuições da vida toda e normalmente, no início da carreira os salários são menores. O pacote de maldades, então, afeta nossos filhos e netos, já que será impossível calcular a idade mínima para a aposentadoria deles. Também querem introduzir a capitalização em contas individuais, modelo semelhante ao chileno, hoje alvo de grandes manifestações devido ao empobrecimento dos idosos no país. Funcionários públicos aposentados poderão ser demitidos e aqui estão inclusos funcionários aposentados na ativa da Caixa e BB. Aposentados ainda na ativa perderão multa de 40% do FGTS caso forem demitidos e a empresa não mais precisará recolher FGTS para eles. Essas e outras questões a respeito da Reforma da Previdência foram debatidas na palestra realizada pelo Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, no dia 12 de março, na sede do sindicato. Aberta a todos os bancários, a palestra foi proferida pelos advogados Dr. Fernando José Hirsch e Nathália Fiorini Mayer, da LBS Advogados, responsável pelo Departamento Jurídico do sindicato. Conforme explicaram os advogados, na prática, isso significa trabalhar até morrer! Dos 96 distritos de São Paulo, 36 têm a expectativa de vida inferior a 65 anos. No caso dos bancários, sabe-se que os bancos têm como prática a demissão de funcionários antigos, com salários mais altos. Esses bancários terão que procurar emprego em idade já avançada para o mercado de trabalho, para conseguir completar a idade mínima e o tempo de contribuição exigidos para conseguirem se aposentar. “Resta saber se a conta do INSS será dividida igualmente entre os políticos, como para os militares, já que para estes o governo afirmou que a reforma será mais suave. Assim o povo vai pagar a conta novamente. A hora de agir é agora! Ou nos mobilizamos ou trabalharemos até morrer. O movimento sindical bancário já está mobilizado e estará nas primeiras fileiras das mobilizações em defesa da aposentadoria”, enfatiza Julio César Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região.

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