Piñera afirmou que faltou a ele visão para entender a dimensão dos problemas e pediu desculpas por ter demorado a agir para corrigir a situação
Santiago — O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na terça-feira uma agenda social para promover reformas do sistema previdenciário e de saúde, elevar o salário mínimo e reduzir as tarifas de energia, uma medida que visa atender às demandas feitas pelos manifestantes nos protestos registrados no país nos últimos dias.
Piñera apresentou as medidas em discurso feito em rede nacional de televisão no quinto dia de maciços protestos dos chilenos para exigir um país menos desigual. No pronunciamento, o presidente reconheceu que faltou a ele visão para entender a dimensão dos problemas e pediu perdão por ter demorado a agir para corrigir a situação.
Apesar do pedido de desculpas, o presidente chileno disse que manterá o estado de emergência para conter os protestos. As Forças Armadas, acusadas de reprimir violentamente as manifestações, seguirão nas ruas para controlar a ordem pública e fazer valer os toques de recolher decretados em quase todas as regiões do país.
Além das mudanças no sistema previdenciário, uma das principais exigências feitas pelos manifestantes nas ruas do Chile, a agenda social anunciada por Piñera prevê aumento de impostos para os mais ricos, uma forma de financiar as demais medidas do pacote, e a criação de uma defensoria para vítimas de crimes.
Abril