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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Empresas ignoram política e aderem à semana patriótica de descontos


A Semana do Brasil, evento promovido pelo governo e capitaneado por empresários do varejo alinhados a Bolsonaro, como Luciano Hang (Havan) e Flavio Rocha (Riachuelo), atraiu também a adesão de empresas e empresários que adotam postura neutra no cenário político.

Com discurso patriótico, o evento de promoções será promovido como uma espécie de Black Friday brasileira. Alguns estabelecimentos vão embarcar na onda de descontos mas sem aderir formalmente à logomarca verde e amarela da Semana do Brasil.

O discurso geral é o de deixar a polarização política em segundo plano. As companhias dizem apoiar qualquer iniciativa que incentive a economia, não importa sua origem.

O Bradesco afirma que todas as tentativas de melhora dos indicadores econômicos e fortalecimento do mercado interno são louváveis e devem ser prestigiadas. O banco vai participar do evento mas não especifica ainda com que tipo de ação promocional.

Luiz França, presidente da Abrainc (associação de incorporadoras) diz que o evento, que vai de 6 a 15 de setembro, acontece em semana emblemática, por incluir o dia da Independência do Brasil. "É uma campanha do bem e temos de aproveitar. Tudo o que vem para o bem da nação, não tem problema nenhum onde foi criado."

A brMalls, dona de 29 shoppings, diz que a semana é a oportunidade de aquecer as vendas em um mês sem datas fortes no varejo. "Nosso foco é no varejo. Independente de onde vem o estímulo".

Para Alfredo Coitait, presidente da Associação Comercial de São Paulo, a iniciativa do governo tem potencial para entrar na esteira das datas comemorativas do comércio: "Enxergamos um perfil duradouro na Semana do Brasil".

A CVC diz já ter participado de outras iniciativas do governo para estimular viagens e que todas as ações do tipo são bem-vindas.

Folha de SP

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