Mobilização dos bancários barrou a continuidade do trabalho aos sábados no Santander – o que desrespeitava a legislação e a CCT
Após mais um sábado de protestos, o Santander anunciou o encerramento do programa de educação financeira, contando com o “trabalho voluntário” dos bancários em um dia que deveria ser de descanso. O episódio é mais um exemplo de que a luta dos trabalhadores vale a pena e traz garantias de direitos para a categoria.
Desde o sábado 4 de maio, o primeiro do projeto em questão, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve presente nas agências da base alertando os trabalhadores sobre a legislação que garante o descanso aos sábados para a categoria desde a década de 1960 e sobre a desvirtuação do conceito de trabalho voluntário.
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“Trabalho voluntário deve ser feito em alguma instituição que vise o bem estar social, e não em um banco, que tem como objetivo exclusivo o lucro”, afirmou a dirigente sindical Ana Marta Lima na ocasião do anúncio do encerramento do projeto, no último sábado, 8 de junho.
O artigo 224 da CLT garante o descanso dos bancários aos sábados, assim como a lei 4.178 de 1962 – esta é clara ao determinar que estabelecimentos de crédito não funcionarão aos sábados, em expediente interno ou externo. A CCT dos bancários também garante o direito em sua cláusula 8ª.
“O episódio mostra que quando a categoria está unida, estas violações a direitos não vão adiante. Só a luta nos garante”, ressaltou a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.
SEEB SP