Além da Petrobras, o banco vendeu seus papéis da Fíbria, Vale e grupo Rede
Com a venda de ações da Petrobras e outras empresas, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve lucro de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019, alta de 436,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No período, o resultado do banco com participações societárias foi de R$ 12,5 bilhões, 1.081% acima do primeiro trimestre de 2018. Além da Petrobras, o banco vendeu ações da Fíbria, Vale e grupo Rede.
A participação do banco na petroleira estatal caiu de 15% para 13,9%. Com relação ao grupo Rede, foram vendidas a totalidade das ações. No caso da Fibria, o braço de participações do BNDES, BNDESPar, recebeu 25% do valor em ações da Suzano.
Mesmo com a vendas de participações, o valor da carteira de ações do BNDES ficou 12,3% maior, chegando a R$ 108,3 bilhões. "Isso é resultado do bom momento da Bolsa, com expectativas em relação a reformas", afirmou o presidente do banco, Joaquim Levy.
Na área de intermediação financeira, responsável pela concessão de empréstimos, o banco teve lucro de R$ 4,8 bilhões, alta de 64% com relação ao primeiro trimestre de 2018. Os desembolsos do BNDES cresceram 30% no primeiro trimestre, para R$ 14,5 bilhões.
No período, o BNDES reverteu R$ 1,1 bilhão em provisões para contratos inadimplentes, dos quais cerca R$ 500 milhões são referentes a calotes de países vizinhos em projetos de exportação de serviços de engenharia.
Em entrevista para detalhar o balanço, Levy disse que o conselho da administração do banco já autorizou a devolução de R$ 30 bilhões ao Testou Nacional, o que deve ocorrer em duas semanas.
Folha de SP