Sindicato dos Bancários

13 de dez de 2022

Número de empregados da Caixa mortos em 2021 já supera 2020

Até agora, mais de 40 trabalhadores do banco público já morreram vítimas da Covid-19

O número de mortos empregados da Caixa Ecônomica por coronavírus nos primeiros dois meses de 2021 já supera todo o ano de 2020, quando iniciou-se a pandemia de Covid-19, e deve-se acender um sinal vermelho entre os trabalhadores do banco público. Até agora, pelo menos 40 foram vitimados pela doença, mais do que os 19 registrados entre março e dezembro do ano passado, demonstrando o momento grave que temos passado, o descaso do Governo Federal e da gestão da Caixa para com os empregados e a população. Se somarmos o número de trabalhadores terceirizados falecidos, esse número deve triplicar.

Apesar de o banco sonegar informações sobre as vítimas, levantamentos feitos pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região dão conta de que o aumento expressivo no número de mortos tem relação com o o trabalho presencial. O Sindicato continua cobrando informações do banco.

Para o dirigente sindical e empregado Caixa, Dionísio Reis, a entidade vem cobrando que o banco amplie as medidas de proteção aos trabalhadores, como a inclusão de uma barreira acrílica para os gerentes e assistentes, desde o início da pandemia, sem sucesso.

"Temos cobrado o aumento da proteção aos trabalhadores e à população de uma forma geral, porque a Caixa tem, pelo contrário, reduzido a segurança sanitária para seus empregados. O aumento no número de empregados é expressivo, e entre os terceirizados este número deve ser pelo menos três vezes maior. São estes trabalhadores que pagaram o auxílio emergencial para mais da metade da população brasileira, e este descaso da Caixa deixa todos expostos", afirma o dirigente.

Metas x Saúde

Além de acabar com a saúde mental dos bancários, os recrudescimentos das condições psicossociais feitos com a cobrança de metas desumanas também esta aumentando a exposição dos bancários a Covid-19. O sindicato tem feito atos toda semana em defesa da Caixa pública e contra a cobrança desumana de metas. O que tem sido apurado é que os atendentes que podiam estar acabando com as filas e estão totalmente voltados a outras funções.

"A direção da Caixa, ao invés de focar na proteção dos trabalhadores e da população e no serviço essencial que está sendo prestado, vem fazendo cobranças desumanas de metas, tirando os empregados do atendimento e deslocando-os para a venda de produtos, aumentando o risco de contaminação por conta das grandes filas. É preciso aumentar a proteção dos trabalhadores, as medidas de segurança e a contratação de mais empregados para garantir a saúde e a segurança de todos", finaliza.

SEEB SP